quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A ÁRDUA TAREFA DE SER EU

Pára tudo! Tô chegando naquela fase que a pessoa cansa. Cansa de td. Cansa da vida pessoal, profissional, da comida que come, da casa que mora, dos amigos que tem, até da marca da cerveja que toma e do cigarro que fuma. São meus demônios falando: Beatriz, tá na hora de fazer aquela merdinha que só vc sabe pra dar uma sacudida na vida. Mas eu juro que dessa vez vou me controlar e seguir a razão. Só que isso me causa um certo desespero.
Será que eu vou ter que ficar a vida inteira lutando contra essa minha vontade inata de sempre me sabotar e cagar com tudo o que eu faço? Será que eu sempre terei que me tolir de várias formas pra que a minha vida "dê certo"? Será que o meu destino é ser uma bomba relógio errante, sempre em estágio e fase de mudança, pra não me cansar e consequentemente, cansar os outros também?
Acho que com o passar dos tempos vi e fiz tanta loucura que perdi a referência do que é normal. Acredito que o que seja normal, seja ok. Mas pra mim, o que é normal, é extremamente, mortalmente entediante. Pra mim ser normal é estar na média e nada me deixa mais desesperada do que me encontrar na média, ou seja, ser categorizada como uma pessoa medíocre.
Saco, odeio pensar na vida. Deve ser o ócio do pé torcido. Mas eu sinto como se tivesse que encher a minha cabeça de pensamentos durante as 24h do dia (até dormindo), pra que a minha mente não vá pro lado negro da força.
Uma vez, há muito tempo atrás, uns amigos meus e eu fizemos uma brincadeira tentando adivinhar o que faríamos aos 30 anos de idade e a minha vez foi unânime: Beatriz, aos 30 anos, vc vai estar chamando a galera pra encher a cara do Empório às sextas feiras. E isso aconteceu. Estou com 31 anos e continuo chamando o pessoal pra encher a cara no Empório às sextas feiras (e graças a deus eles vão). Mas dá uma certa tristeza, pq essa minha loucura é previsível, e uma loucura previsível, deixa de ser loucura. Passa a ser uma media fora da média, uma média sob outro ponto de perspectiva. E agora, no final desse texto é que eu descobri que eu estou completamente fudida.
Boa noite.

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